Para evitar manutenções emergenciais que representam paradas inesperadas na produção e altos custos de reparo, muitas das vezes utilizamos métodos preventivos para reduzir interrupções nos processos produtivos industriais. Dentre os mais variados métodos, o uso de sistemas de lubrificação oferece maior confiabilidade e uma ótima relação custo-benefício e a lubrificação forçada é o método mais indicado para mancais e cilindros compressores.
Perceba que, no caso de falha de um equipamento, os custos que devem ser contabilizados são diretos e indiretos, pois além dos gastos na reposição de peças e mão de obra, temos também os custos por tempo de parada para reparos e, consequentemente, os custos de horas improdutivas.
Em todas as máquinas sempre temos uma relação de conversão de um tipo de energia em outra, como a conversão da energia elétrica em mecânica para realizar um determinado trabalho. Porém, nenhum sistema é capaz de converter energia de forma 100% eficiente, tendo assim perdas durante a conversão. Essas perdas nada mais são do que a transformação da energia em outro tipo de energia não desejada, como a geração de energia térmica produzida pelo atrito de um mancal de rolamento na rotação de um eixo.
Os mancais e cilindros de compressão costumam ter atritos elevados, gerados pela rotação e movimentação dos eixos, elevando a temperatura e aumentando o seu desgaste. Para reduzir o atrito e a temperatura nesses sistemas, é comum aplicarmos técnicas de lubrificação, pois, além de reduzir o contato e degradação do material, os elementos lubrificantes possuem baixo calor específico, propriedade essa que permite a substância absorver o calor gerado pelo contato das peças.
A lubrificação forçada pode ser dividida em dois tipos: o método de lubrificação por perdas e o de circulação. No primeiro caso, o sistema possui uma bomba que retira o elemento lubrificante de um reservatório, bombeando esse lubrificante a uma pressão pré-determinada para as superfícies que deverão receber o produto. Nesse método, não há a reutilização do lubrificante, sendo os excessos e resíduos descartados após a operação. Já no mecanismo de lubrificação por circulação, o lubrificante é bombeado por meio de um sistema fechado para as superfícies que deverão ser lubrificadas e, ao final do processo, o elemento lubrificante passa por um sistema de filtragem, que retira as impurezas antes do retorno ao reservatório.
Assim, ao escolhermos o método de lubrificação forçada e o lubrificante mais adequado aos equipamentos de uma indústria, é possível reduzir eventuais danos irreversíveis a essas máquinas, diminuindo os riscos de manutenção e custos a longo prazo, aumentando a produtividade e confiabilidade dos equipamentos.